A estratégia concede mandato institucional para um conjunto de 25 órgãos de governo e igual número da sociedade civil para implementarem ações de fomento a uma nova economia, mais inclusiva e regenerativa, com impacto social e ambiental positivo. A iniciativa é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – MDIC, por meio da sua Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria e do seu Departamento de Novas Economias. Fundos de Impacto, cursos de capacitação e programas de aceleração de startups de impacto, programas universitários, legislações para o setor e articulação com estados e municípios estão entre as ações previstas.
“A Enimpacto é uma importante sinalização do governo, no sentido de organizar diversas políticas públicas que contribuem para uma economia mais verde e mais inclusiva” afirmou o Secretário de Economia Verde, Rodrigo Rollemberg. Lucas Ramalho, Diretor de Novas Economias e responsável pela Enimpacto, afirma que somente com a articulação entre governos, sociedade civil, organismos multilaterais e iniciativa privada a humanidade conseguirá superar os graves desafios sociais e ambientais que enfrenta “para alcançarmos as metas previstas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável precisaremos envolver empreendedores que conciliam propósito, geração de lucro e impacto social e ambiental positivo”. No mundo, o valor total estimado para investimentos de impacto social soma USD 1.164 trilhão. No Brasil esse montante é apenas uma pequena fração, mas a previsão é que esse valor cresça cada vez mais, impulsionado por políticas públicas e pela pressão dos investidores que desejam aplicar seu capital com propósito.
Duas iniciativas ilustram a importância do investimento de impacto no Brasil. A primeira envolveu investidores que se uniram para financiar cooperativas de agricultores familiares. A segunda, a mobilização de financiamento coletivo na construção de habitação popular para famílias sem teto. Em ambas, investidores privados buscaram obter retorno financeiro e causar impacto social ao mesmo tempo. Fica cada vez mais evidente que é possível conciliar investimento privado com propósito social, onde o lucro não é a única métrica de sucesso. Um dos exemplos mais emblemáticos de negócio de impacto é a Moradigna, uma empresa que reforma barracos na favela por meio de um modelo de negócios altamente inovador, acessível à população na base da pirâmide. Outro exemplo é a Meu Pé de Árvore, uma startup que recupera áreas degradadas por meio de parcerias com agricultores familiares e que gera retornos financeiros no mercado de carbono para seus investidores. Em todo o mundo, crescem iniciativas dessa natureza, lideradas por pessoas que perceberam que os problemas sociais e ambientais se tornaram muito complexos para serem resolvidos apenas com recursos de governos e da filantropia. São iniciativas que se somam aos investimentos públicos e privados na construção de um mundo menos desigual e mais sustentável.
A Enimpacto pavimenta o caminho de negócios que estão alinhados com as demandas da sociedade e do meio ambiente, atuando com base em cinco eixos estratégicos: ampliação da oferta de capital, aumento do número de negócios de impacto, fortalecimento das organizações intermediárias, promoção de um macroambiente institucional e normativo favorável à economia de impacto; e articulação interfederativa com estados e municípios.
Para informações adicionais sobre a Enimpacto, acesse: https://www.gov.br/produtividade-e-comercio-exterior/pt-br/assuntos/inovacao/enimpacto